19 de junho de 2007

trechos de "o amor"
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vladimir mayakoviski (1893 - 1903)
(imagem: uol)

(...) ela é tão bela
que por certo hão de ressuscitá-la.
então,
de todo amor não terminado
seremos pagos
em inúmeras noites de estrelas.
ressuscita-me
nem que seja só porque te esperava
como um poeta,
repelindo o absurdo cotidiano!
ressuscita-me
nem que seja só por isso!
ressuscita-me!
quero viver até o fim o que me cabe!
para que o amor não seja escravo
de casamentos
ganâncias
salários.
para que, maldizendo os leitos,
saltando dos coxins,
o amor se vá pelo universo inteiro.
(...)
para viver
livre dos nichos das casas.
para que
de agora em diante
a família
seja
o pai,
pelo menos o universo;
a mãe,
pelo menos a terra.

2 comentários:

Anônimo disse...

De lado as ideologias. Escreveu poesias belíssimas. Se estivesse vivo e fosse brasileiro, com os podres poderes que nos cercam hoje, certamente teria bastante inspiração para seus textos.

Um abraço, muita saúde e paz!

Chico Sena

Unknown disse...

Olá, querida !

Nada como o amor universal... é tanto que falta nesse nosso mundinho, né ? Mas, veja só... tem tanta gente bacana por aí distribuindo amor... por exemplo, gente que trabalha pelo bem do outro... conhece alguém ???

Mando um beijo grande !